quinta-feira, 15 de novembro de 2007

As crianças merecem ter toda a ajuda possível


Projecto Rua – Em Família para Crescer
História do sector

O Projecto iniciou-se, para dar resposta a um vasto número de crianças e jovens de rua que se encontrava a vaguear na baixa de Lisboa.
Animadores de rua e técnicos, através de uma relação personalizada, de contacto com as famílias, de actividades várias, de formação em exercício ou procura de emprego, procuravam a integração destas crianças e jovens na família e na comunidade. Em 1993, para suster o problema nas suas origens e prevenir o aparecimento de novos casos, o Projecto fixou equipas nas Comunidades de Residência das crianças/jovens que encontrávamos na rua: Bairro 6 de Maio (Damaia), Pátio 208 e Bairro do Condado (Chelas) e Bairro Olival do Pancas (Pontinha).
Até 2000, deste propósito inicial, passou-se à progressiva autonomização destas comunidades e ao desenvolvimento comunitário.
A população do Pátio 208, conseguiu o seu maior objectivo – o realojamento - e continua a manter a Associação de Moradores, procurando, pontualmente, a nossa ajuda.
O Bairro 6 de Maio tem ainda o apoio do Projecto Rua, através das relações de parceria que este estabelece com as instituições locais.
Hoje em dia, apenas se mantêm as equipas no Bairro Olival do Pancas e no Bairro do Condado. No primeiro ensaia-se um modelo de Projecto Integrado em prol da população do Bairro, fruto da articulação e concertação dum vasto número de parceiros.
No segundo, põe-se em marcha, também, uma experiência piloto, na qual os jovens colaboram na abordagem e integração de outros jovens em risco, desempenhando o papel de mediadores.
Neste momento a equipa da Comunidade de Fuga, a que, desde o início do Projecto, trabalha directamente na captação e abordagem das crianças e jovens de rua, continua este trabalho, atenta às novas características destas, muitas delas vítimas de “piores formas das exploração do trabalho infantil”, nomeadamente a prostituição, a mendicidade e o tráfico de droga, tentando motivá-las para a mudança de vida, com valores e projectos.
Para viabilizar este objectivo a equipa conta com a equipa do NAC (Núcleo de Apoio às Comunidades) que articula com a equipa da Comunidade de Fuga e as Comunidades de Residência das crianças e jovens no sentido de facilitar a sua integração.
Há ainda a contar na estruturação dos 3 níveis de intervenção (1ª Linha – Transição – Externo) a equipa do NAD (Núcleo de Apoio e Desenvolvimento) que actua a nível externo (nacional e internacional participando em/e dinamizando várias Redes – REAPN, ENSCW, ESAN, BICE e Federação Europeia para as Crianças Desaparecidas e Sexualmente Exploradas -), sendo a sua finalidade Revalorizar a sociedade para a mudança de mentalidade, atitudes e políticas.
Utilizando uma metodologia lúdica, através de uma relação personalizada em que se aliam afectividade e técnica, indo ao encontro, utilizando equipas multidisciplinares e reforçando o trabalho em parceria, o Projecto conta, também, com um recurso muito importante: uma Unidade Móvel Lúdico-Pedagógica que pretende ultrapassar a dificuldade que a mobilidade do grupo alvo representa, para além de permitir intervir no “aqui e agora”. Utilizando a música e o vídeo, a fotografia, a pintura, desenho e modelagem, jogos, consola e computador como suporte no desenvolvimento de competências das crianças e dos jovens cujo projecto de vida queremos viabilizar
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