quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Deficiência Mental





"... o jogo passou a ser reconhecido como comportamento espontâneo em uma sociedade, correspondendo às possibilidades de auto-educação, uma vez que não é um comportamento isento, mas sim, processo de assimilação (Piaget, 1978) do real a propósito de objetos que refletem a vida num grupo humano de dimensões variadas.
Essa condição nos leva a refletir sobre o momento em que a criança, ao relacionar-se com o mundo dos adultos, demonstra em determinadas situações, não compreender a realidade que a cerca, como por exemplo, determinadas regras, atitudes e conceitos daquilo que se passa ao seu redor. E, por isso, assimila o real à sua maneira, procurando satisfazer suas necessidades afetivas, intelectuais e motoras, o que justifica um equilíbrio pessoal no mundo físico e social.
Com a criança portadora de deficiência mental a situação não é diferente, porém, se processa numa intensidade superior e mais longa, porque suas dificuldades de assimilar o real e agir sobre ele, na maioria das situações, esbarra na deficiência. O que nào quer dizer que seja um limite fim, mas um, ponto a ser trabalhado e desenvolvido porque, como sabemos, a criança portadora de deficiência mental tem potencialidades “latentes” que precisam ser suscitadas, conscientizadas.
Desta forma, o jogo, por refletir o prazer da ação sem a expectativa de resultados, por ser um fim em si mesmo e por se dirigir à preocupação dominante da satisfação pessoal, aparece como elemento essencial, a contribuir, seja pelo exercício repetitivo do prazer funcional — jogo de exercício; seja pelo simbolismo na representação ou imitação do real — jogo simbólico; e/ou pelo socializante das convenções ou regras — jogo de regras” (Piaget, 1978), na promoção do equilíbrio da criança portadora de deficiência mental, com o mundo estranho que a cerca e na alteração positiva do seu desempenho motor."

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

SÓ MENINAS


Síndrome de Rett: Por que só as Meninas?A síndrome de Rett é um distúrbio neurológico do desenvolvimento que afeta predominantemente as meninas. Isso ocorre, geralmente, antes que completem o seu primeiro ano de vida. De acordo com a Associação Brasileira de Síndrome de Rett, existem no mundo mais de 2 mil casos identificados deste distúrbio. Muitos pais entram em pânico quando percebem que a filha, que até então estava se desenvolvendo normalmente, física e psicologicamente, de repente perde as habilidades motoras e de linguagem. Mas o que causa a síndrome de Rett? Bem, as causas ainda não são conhecidas, porém, acredita-se que a causa seja de natureza genética. Mesmo assim, graças aos estudos que vem sendo realizados desde a década de 60, quando foi descrita pela primeira vez, pelo dr. Andreas Rett, as manifestações clínicas da doença hoje são conhecidas e tratadas, visando manter a qualidade de vida das famílias e das meninas afetadas. Entre os possíveis mecanismos genéticos causadores do distúrbio estão a herança autossômica dominante com manifestações restritas às fêmeas, uma mutação dominante ligada ao X (sexo feminino), sendo letal aos homens. Além disso, destacam-se as possíveis causas: intra-útero, mutação em dois tempos no cromossoma X (sexo); gene recessivo ligado o X (sexo); e a mutação autossômica associada e um mecanismo de "inativação não ao acaso" de um dos cromossomos X maternos. Desta forma, quando a mãe é portadora sadia do gene Rett, seria poupada devido a inativação cromossômica, carregando o gene da doença e fazendo com que continue ativo nas filhas afetadas. Segundo ao Associação Brasileira de Síndrome de Rett, nenhuma destas hipóteses pode ser definitivamente provada e a cada ano são apresentadas novas possibilidades. Entretanto, do ponto de vista genético, a síndrome ainda desafia os estudiosos, pois não existe um outro exemplo na genética médica de outro distúrbio como este, que atinge exclusivamente as meninas.

Síndrome de RETT



Síndrome de Rett
Anomalia genética que causa desordens de ordem neurológica, acometendo somente em crianças do sexo feminino. Compromete progressivamente as funções motoras, intelectual assim como os distúrbios de comportamento e dependência.
No caso típico, a menina desenvolve de forma aparentemente normal entre 8 a 12 meses de idade, depois começa a mudar o padrão de seu desenvolvimento. Há como que uma parada nos ganhos psicomotores, a criança torna-se isolada e deixa de responder e brincar. O crescimento craniano, até então normal, demonstra clara tendência para o desenvolvimento mais lento, ocorrendo uma microcefalia adquirida. Aos poucos deixa de manipular objetos, surgem movimentos esteriotipados das mãos (contorções, aperto, bater de palmas, levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las) surgindo após, a perda das habilidades manuais.
Critérios para Diagnóstico
- Período pré-natal e posterior ao nascimento considerados normais.
- Desenvolvimento anterior normal, pelo menos nos primeiros 6 meses de vida, antes de iniciar a síndrome, mas contudo, apresenta desvios sutís como hipotonia e discretos atrasos motores, que se dão entre 6 a 24 meses de vida no máximo.
- Perímetro cefálico ao nascer e desaceleração do mesmo entre 5 meses e 4 anos de idade.
- Perda dos movimentos manuais voluntários entre 6 a 30 meses de vida na forma clássica. Admite-se que nas formas frutras da síndrome, passa não haver perda completa de capacidade de usar as mãos de forma útil.
- Perda ou prejuízo severo na linguagem expressiva e receptiva, isolamento social, presença de estagnação inicial e posterior retardo no desenvolvimento psicomotor.
- Pode chegar a andar tarde, observa-se uma marcha com as pernas mais abertas, com maior base de sustentação. Quando sentados e sem apoio, podem apresentar uma espécie de movimentos de balanço.
O diagnóstico é de suposição do segundo ao quinto ano de vida. O diagnóstico e a terapêutica (medicamentosa e de reabilitação) precoces condicionarão um melhor ou pior prognóstico (evolução).
A própria reabilitação é altamente recomendada, mantendo aquisições como a marcha, previnindo contraturas e até certo ponto a escoliose (desvio de coluna no sentido lateral), proporcionando canais de contato e participação, assistência à alimentação (orientação nutricionista) controle de salivação (participação do fonoaudiólogo), etc.
Cerca de 80% das meninas que apresentam a síndrome são diagnosticada, em alguma fase de sua condição como autistas.
É difícil avaliar a idade mental da criança com SR. Estima-se em geral uma idade muito baixa, em torno de 1 ou 2 anos para a maiora das crianças Rett, mesmo em idade escolar. As crianças Rett são deficientes mentais severas.
Quanto à sua estatura, segundo os estudos nutricionais na SR, afirma-se que 50% das meninas Rett são anormalmente magras em relação ao seu grupo etário e estatura, ou seja, peso/altura e peso/idade. As razões por esse emagrecimento, especialmente no 2 º e 3º estágios, com apetite preservados não são absolutamente desconhecidos. Uma suposta explicação seria o seu alto gasto de energia, especialmente nas criança que deambulam, devido as constantes esteriotipias manuais e hipercinesia (tendência de se mover e andar o tempo todo).
Existem formas frustras de SR, quando os desvios do desenvolvimento são inicialmente menos proeminentes, quando não são se observam esteriotipias típicas. Quando há preservação ou manutenção, ainda que parcial, da capacidade manipulatória (uso das mãos), enfim quando o quadro clínico e a evolução são característicos, mas ainda sim, sugestivos para a síndrome em igual idade ou superior a 13 anos.
Já as formas atípicas são menos definidas, mas se caracterizam por manifestações atípicas da síndrome como ausência de um período de estagnação ou um período de deteriorização do desenvolvimento.
Para a melhoria da qualidade de vida e a manutenção da própria sobrevida destas meninas, são os seguintes profissionais e os cuidados envolvidos:
- médicos (diagnóstico clínico diferencial, controle medicamentoso das crises epilética, aportes nutricionais específicos);
- fisioterapeutas (manutenção da deambulação (treinos de marcha), espacidade, contraturas e deformidades articulares, hidroterapia);
- professores especializados da educação especial, terapeutas educacionais (melhora das apraxias manuais (dificuldade na realização dos atos motores mais ou menos complexos e que dependem da vontade do indivíduo), uso de condicionamento, treinamento em AVD, treinamento de esfincteres, recreação;
- Fonoaudiólogos (assistência à alimentação, controle e exercícios preparatórios de linguagem);
- psicólogos (suporte emocional aos pais, criar novos canais de comunicação).
Estágios da Síndrome
1º Estágo
O diagnóstico ainda não pode ser confirmado, mas freüentemente, estas crianças são diagnosticadas, nessa fase, como portadoras de autismo, de paralisia cerebral. O aparecimento das aquisições motoras grosseiras (sentar, ficar em pé, andar) pode ser muito demorado ou apenas levemente atrasado na criança Rett. Nessa fase, pode estar muito irritável e presume-se que algumas sintam dores miogênicas e articulares. A hidroterapia nesta e nas demais fases é altamente recomendada.
2ºEstágio
Característico entre o 2º e 4º ou 5º ano. As características do desenvolvimento motor grosseiro continuam a ser significativamente melhoradas, ao contrário do desenvolvimento motor fino e do desenvolvimento mental que permanecerão estacionários ou regridirão. Algumas crianças estarão começando a desenvolver problemas físicos, tais como escoliose ou contraturas. Perda da função das mãos (apraxia manual) e a crescente intensidade no esfregar das mãos (esteriotipias tipo Rett).
3º Estágio
Fase de estabilização clínica e de melhora do quadro autístico e de excelente contato visual da criança Rett. A escoliose poderá progredir rapidamente nesse estágio. Algumas crianças, nesse estágio, poderão obter melhoras quanto aos movimentos manuais. Incapacidade presente em sua marcha (não sabe mais levantar um pé, uma perna para subir um degrau de escada, atrapalha-se ao caminhar em aclives ou declives). Tem um tempo de reação muito retardado, muito longo para qualquer estímulo (visual, auditivo) e também para o planejamento mental de suas próprias ações. Demora muito a perceber e a agir. Tem problemas com a coordenação óculo manual. Quando os seus olhos estão fixados em um objeto, a mão é incapaz de alcançá-lo. Muitas vezes ela tem que desviar seus olhos do objeto antes de se sentir "capacitada" a alcançá-lo com seus braços. Tem um total ou quase total inabilidade de comunicação verbal. Não sabemos até que ponto sua compreensão (não verbal) é também afetada. O fato é que estas crianças têm um olhar muito expressivo e muito comunicativo. Excelente contato ocular (face a face) e elas exprimem, pelo olhar, diferentes emoções e estado de espírito: alegria, apreensão, surpresa, angústia, curiosidade, etc.
4º Estágio
É atingido se a criança passa a levar uma vida não ambulatória, ou com severas restrições à deambulação. É chamado de período de deterioração motora tardia. Elas poderão apresentar espásticas ou rígidas, com para ou tetraparesias. Este estágio é, via de regra, atingido aproximadamente à puberdade, mas isso não é regra geral, pois há meninas que o atingem em fases muito precoces e outras que, até onde vai a observação de sua evolução, não chegam propriamente a atingí-lo. Nesse estágio podem melhorar muito ao contato afetivo e quanto ao controle de crises convulsivas. Mas há agravamento da escoliose, das contraturas, das posturas viciosas, das tendência ao emagrecimento e ocorrem alterações tróficas e distúrbios circulatórios nos membros inferiores.
A reabilitação na SR é uma tarefa para uma vida inteira.
Por algum tempo, a SR continuará sendo um mistério biológico, até que descubram suas causas e sua prevenção primária.
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Natal em ÁFRICA




Tradições de natal na África do Sul
O natal na África do Sul acontece durante o verão, quando as temperaturas podem passar dos 30 graus. Devido ao calor, a ceia de natal acontece em uma mesa colocada no jardim ou no quintal. Tal como na maioria dos países, tradições como árvores de natal e presentes de natal são quase obrigatórias.O Natal em Angola.O Natal só ficou conhecido em Angola depois que o colono portugues lá chegou, pois este na sua expansão colonial fazia se acompanhar sempre de missionário. Lembro aqui que, com os descobrimentos os portugueses visavam expandir o império colonial e a fé de Crista.Com a evangelização, o Natal tornou-se uma festa hoje assumida como tradicional em Angola, sendo assim, comemorada em todo o País.Há uma diferença entre o Natal das cidades e das aldeias.Nas cidades onde o nível social das população é elevado, o Natal é tipicamente português, com todos ingredientes com que é conhecido na Europa, neste caso, em Portugal.O Natal nas aldeias chega a ter uma característica adequada a baixa condição sócio-economica, cultural e intelectual dos cidadaos ali residentes. E muito animado, o povo programa uma festa tradicional com comidas e bebidas conforme a sua região.Geralmente há missa na noite de 24 para 25 de Dezembro.Durante o dia, há danças folclóricas.Bebe-se a Kissanga ou Kimbombo, que são bebidas tradicionais feitas em casa com ferina de cereais.Os adultos bebem geralmente o caporroto que é uma bebida destilada, feita com banana, ou batata doce ou ainda com farelo de cereais.As aldeias vizinhas programam encontros, animados com danças folclórica.Os povos praticam desporto, ou outras diversoes culturais durante o dia 25 de Dezembro, tais como encontro de footbal, entre grupos pertencentes a aldeias diferentes.O Natal em Angola, é a maior festa que mobiliza todas populações. Nas aldeias as pessoas são normalmente religiosas. Não se pode falar em religião sem falar de Cristo. Isto torna o Natal, nascimento de Cristo uma história muito interessante.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

É BOM SER CRIANÇA


Todos nós vamos ser sempre um pouco crianças! Até porque às vezes, parecer infantil, é como um refúgio! E há que dar valor às pequenas coisas da vida como comer chupa-chupas e cerelac. Eu cá prefiro chocapic Nunca percam essa capacidade de não se importarem com o que os outros pensam! BJS

Mensagem da Criança


Dizes que sou o Futuro,

não me desampares no presente.

Dizesque sou esperança

da Paz

não me induzas à guerra.

Dizes que sou a luz dos

teus olhos,

não me abandones às trevas.

Não desejo tão só a festa

de teu carinho,

suplico-te que me eduques

com Amor.

Não te rogo apenas brinquedos,

peço-te bons exemplos e

boas palavras.

Não sou um simples

ornamento de teu caminho...

...Sou alguém que te bate à

porta pedindo-te:

Compadece-te de mim e

orienta-me para o bem;

Corrige-me enquanto é tempo,

ainda que eu sofra;

Ajuda-me hoje,

para que amanhã eu não te

faça sofrer.

Mariana

23 de Fevereiro de2003

domingo, 2 de dezembro de 2007

Paralisia Cerebral



O que e Paralisia Cerebral ?
Paralisia Cerebral é uma lesão de alguma(S) parte(s) do cérebro.Acontece durante a gestação, durante o parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É uma lesão provocada, muitas vezes, pela falta de oxigenação das células cerebrais .
Saiba Mais:1) A Paralisia Cerebral não e contagiosa.2) A pessoa portadora de paralisia cerebral tem inteligência normal, a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória. 3) Se a pessoa portadora de paralisia cerebral tiver sua visão ou audição prejudicada pela lesão, terá dificuldades para entender as informações como normalmente são transmitidas ; se os músculos da fala forem atingidos , terá dificuldade para comunicar seus pensamentos ou necessidades. Quando tais fatos são observados ,a pessoa portadora de paralisia cerebral pode ser erroneamente classificada como deficiente mental ou não inteligente.4) Homens e mulheres portadores de paralisia cerebral podem Ter filhos como qualquer outra pessoa. As características dos óvulos e dos
espermatozóides, bem como a estrutura dos órgãos reprodutores não são afetados pela lesão cerebral .